Ir direto para menu de acessibilidade.
Você está aqui: Página inicial
Início do conteúdo da página
cultura

Arte na educação: curso promovido no IFSul abordou o teatro na escola

Voltada a professores, a oficina promovida no câmpus Camaquã trabalhou expressão, projeção vocal e uso do corpo no contexto escolar

  • Escrito por Coordenadoria de Comunicação Social
  • Publicado: Segunda, 18 de Dezembro de 2017, 17h17
  • Última atualização em Segunda, 18 de Dezembro de 2017, 17h17

Professores de diferentes escolas da região de Camaquã tiveram a oportunidade de conhecer de perto o potencial da linguagem teatral na educação. A experiência vivenciada pelos docentes foi possibilitada dentro do curso “Por uma pedagogia do corpo: trabalhando o teatro na escola”, realizado entre os meses de outubro e dezembro no câmpus Camaquã.

Ministrada pelo IFgurantes, grupo de teatro do câmpus, as aulas reuniram acadêmicos e professores das áreas de pedagogia, artes e letras. Durante o curso, o grupo se reuniu semanalmente para aprender sobre a arte teatral, discutir a inserção do teatro no espaço escolar e planejar atividades pedagógicas envolvendo o assunto.

Com uma proposta de oferta de oficinas de teatro já consolidada no câmpus, geralmente voltada a estudantes, o IFgurantes teve, nesse curso, o desafio de desenvolver as atividades de expressão corporal e projeção vocal com um novo perfil de público, que buscava na oficina formas de trabalhar o corpo como ferramenta pedagógica na sala de aula. De acordo com o professor e responsável pelo projeto, Giliard Barbosa, uma das grandes diferenças entre o curso ofertado para estudantes e o oferecido para professores está na expectativa que cada grupo deposita na proposta.

“Os alunos vêm para o curso ou esperando montar espetáculo ou buscando trabalhar a sua timidez. Já os professores vêm vislumbrando a possibilidade do teatro como ferramenta. Muitas vezes o currículo é mais engessado e existe esse temor entre eles de que ‘se estou trabalhando com a linguagem teatral não estou dando aula’, então isso foi bastante presente aqui”, comenta o professor, lembrando que havia muita preocupação entre os participantes em relação a essa questão de conteúdos. Segundo Giliard, esse, inclusive, era um dos objetivos do curso: quebrar os tabus criados ou alimentados na escola em relação ao corpo.

Foco na prática

Para discutir essas questões, o docente comenta que uma ampla bibliografia também foi utilizada como base para os exercícios e atividades propostos, tendo como referência Augusto Boal, Viola Spolin, Olga Reverbel e Márcia Strazzacappa, importantes autores e estudiosos do teatro e dança. E a partir dos exercícios desenvolvidos no curso, os professores participantes tiveram a possibilidade de colocar em prática o que aprenderam: eles tiveram que aplicar oficinas de teatro em suas escolas para discutir posteriormente com o grupo os impactos e os resultados dessas atividades.

“O pessoal veio muito aberto; muitas vezes eles se mostraram surpresos com o fato de trabalharmos muito mais o corpo, sendo um curso mais prático do que teórico”, conta Giliard. O professor relembra, inclusive, um momento da avaliação final do curso, quando uma das participantes comentou que ficou muito contente com a proposta da oficina, pois o maior medo dela era de que o curso fosse apenas discutir teoria, quando o que ela mais buscava era a possibilidade de desenvolver a prática.

A pedagoga Mara Dirlei Trapp Garcia foi uma das participantes que aprovou a metodologia usada na oficina. Além de afirmar que faria o curso novamente se tivesse oportunidade, ela conta que todos os encontros foram enriquecedores, já que, nas aulas, os participantes puderam trocar experiências e anseios e perceber o crescimento do grupo ao longo da oficina. “Acredito que o teatro pode nos auxiliar a transmitir conhecimentos. Hoje em dia, nós, educadores, precisamos inovar para alcançar objetivos positivos com nossos alunos, aulas mais lúdicas e atrativas, visando atrair atenção, concentração e principalmente o interesse das crianças”, ressalta a participante.

Além das atividades ministradas por Giliard e por mais três bolsistas do projeto – Brenda Fonseca, Jéssica Souza e Juliano Pereira –, a oficina para educadores contou com aulas especiais, nas quais profissionais de diferentes áreas abordaram temas específicos com as participantes, como dobraduras e livros pop-ups, figurinos e dramaturgia como elementos didáticos, expressão corporal e projeção vocal. Os encontros contaram a participação especial da professora Sandra Salenave, do ator Gustavo Duarte, da professora de dança Thuani Ceroni Silveira e da fonoaudióloga Raiani Abreu do Nascimento.

registrado em:
Assunto(s): arte , escola , ifsul , teatro
Fim do conteúdo da página