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homenagem

#DiaDosPais: servidores do IFSul contam o que significa ser pai

Perguntamos, e os grandes homenageados deste fim de semana compartilham o que é viver a experiência da paternidade

  • Publicado: Sábado, 12 de Agosto de 2017, 12h04
  • Última atualização em Sábado, 12 de Agosto de 2017, 18h53

Para uns é saber se doar, ceder, educar. Para outros é desafio, é participar de tudo e entender. É uma grande bênção e ao mesmo tempo motivo de receio. É viver momentos de felicidade, sim, mas também de angústia. É ter muita responsabilidade. É amor! Ao responderem a pergunta “o que é ser pai?”, essas foram definições dadas por alguns servidores do IFSul que vivem a experiência da paternidade. Confira!

Cristiano Batista, médico e pai de dois filhos, de 17 e de 14 anos

“Além de ser uma bênção, ser pai é um aprendizado constante. Isso porque tu mudas completamente teus valores ao longo da vida e, ao conviver com pessoas que estão formando sua personalidade e conquistando seus sonhos, tu começas a ver o mundo com outros olhos: a partir de um aspecto mais familiar, mais amoroso, de compreensão de ideologias daquelas pessoas que tu colocaste no mundo. Isso faz diferença na vida de uma pessoa. Muda a rotina. Tu começas a fazer um planejamento de vida em função desse todo e não de um indivíduo só”.

Adriano Tust Rodrigues, técnico em contabilidade e pai de um filho de dez anos e de uma filha (que vai nascer em setembro)

“Ser pai é uma responsabilidade muito grande. É um desafio ter que encaminhar um ser humano. É uma emoção, mas também um desafio muito grande, porque o mundo é tão perigoso. Queremos estar sempre presentes, ao mesmo tempo em que temos que trabalhar muito para tentar dar uma condição de vida digna para os filhos. Às vezes tu até deixas de lado as cobranças porque tu queres estar junto, para que os momentos sejam significativos e que eles possam levar para a vida deles”.

 

Rodrigo Gusmão, assistente de administração e pai de um menino de 5 anos e de uma menina de 1 ano

“Nunca parei para montar um conceito do que é ser pai, mas, para mim, é um estado de felicidade. É muito bom tu te veres em outra pessoa. Penso muito nisso quando olho para os meus filhos: vejo um pouco de mim neles, um pouco da mãe também. Além disso, a paternidade aumenta as responsabilidades grandemente. Nossa carga de funções é bem maior. São funções que cansam, mas que são prazerosas porque fazemos isso para outra pessoa que depende inteiramente de nós. O peso das tarefas fica aliviado por isso. Agora, meio dia [momento da entrevista], é o horário de correria, de buscar na escola... Mas mesmo com a correria vale a pena: chegar em casa e ser recebido por aqueles sorrisinhos gratuitos não tem preço”.

 

César Nogueira, professor e pai de uma menina de 13 anos

“Ser pai é se entregar, participar, comemorar, se preocupar, se realizar. É ser amigo, proteger. É sentir-se responsável por alguém pelo resto da vida. Ser pai é ser durão com um pouquinho de açúcar. Você é o herói do seu filho. Nunca se esqueça disso!”

 

Luis Otoni Ribeiro, professor e pai de dois filhos, de 27 e de 21 anos

"Ser pai nos faz, depois de tanto tempo, compreender nossos próprios pais em seus erros e acertos. É incrível, mas hoje tenho a percepção de que a experiência de ser pai nos teria feito filhos melhores" - João Róger Sastre

“Ser pai hoje é um desafio, porque tu precisas estar envolvido na vida do teu filho, participar da vida dele. E essa é a nossa maior dificuldade: conciliar a jornada de trabalho com uma participação ativa na vida deles. E participar não é só estar em casa com eles. A questão é: como tu consegues entrar na vida deles, principalmente se eles forem adolescentes ou adultos? Vou te dar um exemplo: meus filhos adoram jogar pela internet. Eu me lembro que eu era um dos poucos pais que ia com os filhos, na época das lan houses, quando eles eram adolescentes, para os chamados ‘corujões’. Íamos no sábado à noitinha e saíamos no domingo de manhã. Jogávamos toda a noite. Eu era um dos poucos pais que estava ali com os filhos. Então eu descobri que jogar online com os meus filhos era uma maneira de me aproximar, até porque outros adolescentes às vezes vinham conversar coisas comigo que talvez não conseguissem conversar com seus pais. Esse é o maior desafio hoje: conciliar a correria do dia a dia com participar de algumas coisas que eles fazem. Quando eles entram na fase adulta, é uma etapa diferente: é difícil conciliar tua agenda de serviço com a agenda deles. Eles começam a trabalhar, ter sua própria família, mas são teus filhos ainda. Não basta ser pai, tem que participar. Até hoje, os amigos deles de adolescência ainda perguntam: ‘e teu pai?’”.

 

João Róger de Souza Sastre, professor e pai de duas meninas de 11 anos

“Ser pai é a mais intensa experiência de amor com que Deus me presenteou. Ainda que esta experiência traga inúmeros desafios, por outro lado ela nos presenteia com um imenso e constante aprendizado, aprendizado esse que nos desconstrói e reconstrói a cada dia, nos fazendo pouco a pouco melhores. Ser pai nos faz, depois de tanto tempo, compreender nossos próprios pais em seus erros e acertos. É incrível, mas hoje tenho a percepção de que a experiência de ser pai nos teria feito filhos melhores”.

 

"Ser pai é uma mudança de vida. Quando entra um terceiro elemento em uma família é uma mudança radical. Ao mesmo tempo, é legal acompanhar a evolução de um ‘serzinho’ tão pequeno que muda tanto nossa vida" - Ernesto Perez

Ernesto Perez, administrador e pai de dois filhos, um de 2 anos e de uma menina (que vai nascer em setembro)

“Ser pai é saber doar, é saber ceder, é ter muito amor envolvido. É educar, o que não é muito fácil. É ter momentos de felicidade e também de um pouco de receio, angústia. Momentos de muita responsabilidade. Ser pai é uma mudança de vida. Quando entra um terceiro elemento em uma família é uma mudança radical. Tudo é diferente: o tempo para sair de casa não é mais o mesmo, a organização para viajar não é mais a mesma. Ao mesmo tempo, é legal acompanhar a evolução de um ‘serzinho’ tão pequenininho que muda tanto nossa vida. Antes pensávamos em um, ou pensávamos no outro, e agora pensamos bastante no nosso filho, porque temos esse cuidado comum. Agora, para nós, é um novo momento: é bem legal essa espera, essa expectativa de chegar mais um bebê em casa”.

 

Edgar Antonio Costa Mattarredona, professor e pai de duas filhas, de 33 e de 30 anos

“É algo gratificante. Eu tenho uma intimidade muito grande com minhas filhas; nós somos confidentes. Elas falam coisas para mim que às vezes não abrem para a mãe. Nessas situações, procuro sempre ser realista, não fantasiar a situação, acalmar e harmonizar, enfim, deixar um ambiente tranquilo para que as ideias e a conversa possam ser naturais e na profundidade e abrangência necessária. No meu caso, ainda entra o aspecto de ser pai e professor, atuando na formação para a vida e na formação escolar delas. Isso me ajudou a ser um professor atento a muitas questões e características do jovem e, também, minha experiência como professor ajudou na educação das minhas filhas. Quando elas chegaram na juventude, eu já lidava com a juventude há muito tempo.  Muitas vezes, na minha prática como professor, tive que ir além da função social do cargo e exercer a função social do indivíduo: muitas vezes orientando, conversando, esclarecendo algumas questões para meus alunos, já que muitos não tinham a quem correr. Eu falo como falaria para um filho. É muito imbricado tudo isso. É muito bonito e gratificante”.

 

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Assunto(s): dia dos pais , depoimentos , ifsul
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