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meio ambiente

Sustentabilidade: dois câmpus do IFSul contarão com geração de energia fotovoltaica

Além de minimizar impactos ambientais, as usinas, implantadas nos câmpus Bagé e Charqueadas, trarão uma importante economia financeira para essas unidades

  • Publicado: Quarta, 21 de Junho de 2017, 17h03
  • Última atualização em Quinta, 22 de Junho de 2017, 17h43

Mais sustentabilidade e economia: esse será o legado conquistado pelo IFSul, em dois de seus câmpus, com a implantação de um sistema de geração de energia pioneiro no instituto. Por meio da adesão a um projeto desenvolvido pelo Instituto Federal Sul de Minas, os câmpus Bagé e Charqueadas contarão com geração de energia fotovoltaica, obtida pela absorção e conversão da luz solar em energia elétrica. No câmpus Charqueadas, o sistema foi inaugurado nesta quarta-feira (21); no câmpus Bagé, a previsão de conclusão da instalação das placas solares é para 14 de julho.

Com a implantação total do sistema, os dois câmpus serão capazes de aproveitar a luz solar na geração de energia, com o sistema funcionando em paralelo à rede de energia elétrica fornecida pela concessionária pública. Para compreender o funcionamento conjunto dos dois sistemas, basta observar a geração de energia da usina fotovoltaica: o engenheiro e diretor de Projetos e Obras do IFSul, Elton Pedroso, explica que quando o sistema produzir mais energia que a capacidade de consumo da unidade, o câmpus terá créditos junto à concessionária; do contrário, pagará à rede pública apenas o consumo que ultrapassar a geração própria.

A alternância da operação entre os dois sistemas também já está prevista no projeto. O engenheiro do câmpus Bagé, Célio Ziotti, explica que os medidores existentes nos câmpus serão substituídos por um bidirecional, que, além de registrar o consumo e o excedente de energia, fará automaticamente a alternância entre o fornecimento fotovoltaico e da concessionária. “Quando a geração é maior que o consumo, são armazenados créditos de energia que são devolvidos no final do mês, abstendo o consumo feito à noite, por exemplo. Quem faz isso é o inversor, automaticamente”, esclarece o engenheiro.

"As energias renováveis são o futuro, e nós temos que entrar na agenda do futuro o mais rápido possível” - reitor Marcelo Bender

Com a operação em paralelo do sistema com a concessionária, além da redução do impacto ambiental, é esperada uma grande economia financeira nas duas unidades. De acordo com Célio, a economia com energia elétrica no câmpus deve chegar a R$ 34.800,00 por ano, tendo como base o consumo médio da unidade de 15.000 kWh/mês e a previsão de geração de energia do sistema de 8.000 kWh/mês. Já no câmpus Charqueadas, de acordo com o engenheiro Daniel Martell, o sistema irá abastecer cerca de 53,5% da demanda interna do câmpus, gerando uma economia mensal estimada de oito a dez mil reais, segundo informações coletadas junto à empresa contratada, tendo como base os sistemas já instalados nos demais institutos federais, como os de Minas Gerais e de São Paulo.

Uma dúvida recorrente, no entanto, em relação a esse tipo de geração de energia é sobre a capacidade de operação do sistema em períodos cuja luminosidade seja baixa, como é o caso de dias muito nublados ou chuvosos. Mesmo nessas condições, Elton esclarece que o sistema está preparado para ter um bom desempenho, já que as placas utilizadas possuem uma boa capacidade de absorção da luz solar. O engenheiro Célio complementa que, em dias nublados ou chuvosos, o sistema opera normalmente, sendo esperada apenas uma diminuição da eficiência.

Inauguração em Charqueadas - Em cerimônia realizada no câmpus Charqueadas, a comunidade acompanhou a inauguração do sistema nesta quarta-feira (21). Participaram da solenidade a vice-reitora do IFSul, Janete Otte, e a diretora-geral do câmpus, Luciana Loponte.  Ainda do câmpus Charqueadas, estiveram presentes o chefe do Departamento de Administração e Planejamento, Marcelo Leão Bizarro; o chefe do Departamento de Ensino, Pesquisa e Extensão, Mauricio da Silva Escobar; o coordenador de Manutenção Geral, Marcos Prietto Schvants, e o engenheiro civil Daniel Wolter Martel.

 

Um novo momento, um passo para o futuro

A instalação das placas fotovoltaicas nos câmpus Bagé e Charqueadas marcam o início de um novo momento para o instituto. O reitor do IFSul, Marcelo Bender, ressalta que o projeto é um passo dentro de um mundo mais sustentável, que entidades importantes, como a Organização das Nações Unidas (ONU), têm indicado para as escolas. “Desde que eu comecei na gestão, nós batalhávamos pela sustentabilidade e geração de energia dentro do instituto. Agora, estamos muito orgulhosos com essa conquista”, avalia.

Ele, que está encerrando sua gestão à frente do IFSul, diz estar feliz por conseguir participar da entrega da usina. Para o futuro, o gestor espera que as outras unidades também tenham a possibilidade de gerar energia por alternativas mais sustentáveis. “Espero, sinceramente, que isso se espalhe não só pelos institutos federais, mas por todas as instituições. As energias renováveis são o futuro, e nós temos que entrar na agenda do futuro o mais rápido possível”, completa.

Mais sustentabilidade e economia para os câmpus

O projeto de implantação das duas usinas no IFSul teve origem em um edital da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), que propunha o financiamento de metade do valor desses projetos em unidades da Rede federal. Para se candidatarem ao programa, havia um critério: os câmpus deveriam dispor em seu orçamento de 25% do valor total da usina, mesma parcela dada pela Reitoria.

“É uma alegria termos entrado nesse projeto, porque ele possibilitará uma economia de recursos que poderão ser usados em outras demandas do câmpus” - diretora-geral do câmpus Charqueadas, Luciana Loponte

A possibilidade de implantar um sistema sustentável e ainda obter economia financeira é comemorada no câmpus Charqueadas. “É uma alegria termos entrado nesse projeto, porque ele possibilitará uma economia de recursos que poderão ser usados em outras demandas do câmpus”, destaca a diretora Luciana Loponte. Ela complementa que a participação da unidade no projeto é fruto do trabalho da equipe diretiva e de um planejamento orçamentário que permitiu ao câmpus ter os recursos necessários para oferecer de contrapartida e poder se candidatar ao projeto.

A implantação das usinas também é importante para ajudar na redução dos impactos ambientais causados por outros tipos de geração de energia, como hidrelétricas e termelétricas, salienta Giulia D’ávila Vieira, diretora do câmpus Bagé. “Além disso, esse tipo de projeto divulga o uso da geração de energia sustentável a partir de tecnologias limpas”, completa. Ela também ressalta os benefícios econômicos para o câmpus e diz estar ansiosa para a implantação. “Temos a expectativa de que a instalação das placas se concretize até 14 de julho e a operação se inicie o mais rápido possível”, finaliza.

O Projeto

A ideia de implantar uma usina de energia solar surgiu no Instituto Federal Sul de Minas, no ano de 2015. Para isso, foi feita uma licitação em regime diferenciado de contratação (RDC), tendo o Ministério da Educação (MEC) e a Setec como responsáveis por expandir a ideia. Enquanto o MEC se empenhou para impulsionar a instalação de usinas de geração de energia elétrica em instituições de ensino, a Setec se dispôs a financiar parte das obras. Foi neste cenário que o IFSul aderiu ao RDC criado.

"Esse tipo de projeto divulga o uso da geração de energia sustentável a partir de tecnologias limpas” - diretora-geral do câmpus Bagé, Giúlia D'Ávila Vieira

O projeto disponível era para uma usina de porte pequeno, ideal para unidades cuja demanda energética não fosse tão grande, como os da fase de expansão. Marcelo entrou em contato com os diretores destas unidades para verificar quem tinha interesse na proposta. A condição foi de o câmpus arcar com 25% do valor total da obra e a Reitoria arcar com os outros 25%, sendo o restante financiado pela Setec/MEC.

Definidos os câmpus Bagé e Charqueadas para receberem as usinas e feitas as licitações, finalmente chega o momento da construção. Em Charqueadas, o sistema fotovoltaico foi instalado sobre o telhado da quadra poliesportiva do câmpus, de acordo com o engenheiro Daniel Martell. Ele esclarece também que a concepção do projeto é de responsabilidade da empresa vencedora da licitação. Já para a instalação do sistema, há uma comissão de fiscalização composta por profissionais do câmpus, que acompanha o processo.

O engenheiro Célio Ziotti explica que, em Bagé, as obras são feitas pela Coordenadoria de Manutenção Geral (Comag) e pela equipe terceirizada de manutenção, que prepararam as bases de alvenaria estrutural para receber as placas. Ele comenta que algumas dessas placas serão instaladas no telhado do bloco Agropecuária. Após isso, a empresa contratada através do RDC instalará as placas fotovoltaicas e os inversores. Por fim, o sistema será interligado à subestação existente no câmpus. Para entrar em funcionamento, a usina ainda depende de procedimentos realizados pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE).

Além dos inúmeros benefícios já citados, a usina de geração de energia solar também poderá ser utilizada para fins educativos. “O sistema terá uma estação meteorológica com sensores capazes de registrar medidas de irradiação solar, temperatura ambiente e velocidade do vento. Estes dados poderão ser utilizados em pesquisas do curso de Agropecuária, por exemplo”, explica Célio.

Por Greice Gomes e Mariana Hallal - CCS/Reitoria

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