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IFSul alia ciência e tecnologia à educação

Laboratório do câmpus Sapucaia do Sul prova que é possível desenvolver ciência e tecnologia em instituições públicas de ensino

  • Publicado: Quinta, 08 de Março de 2018, 14h03
  • Última atualização em Quinta, 08 de Março de 2018, 14h09

O nome já indica: IFSul significa Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense. No câmpus Sapucaia do Sul os benefícios de se aliar estas três vertentes, fundamentais para o desenvolvimento do país, podem ser conferidos no Laboratório de Desenvolvimento Integrado de Materiais e Produtos (Dimp). Montado há cerca de cinco anos, o Dimp ganhou um novo e ampliado espaço físico em 2017, e hoje abriga pesquisas voltadas ao desenvolvimento de tecnologias com diferentes finalidades, de soluções para a área médica a alternativas de uso para resíduos normalmente descartados.

A professora responsável pelo laboratório, Carmen Calcagno, enfatiza o quanto a participação dos estudantes nestes processos agrega à sua formação. “É uma ótima oportunidade para o desenvolvimento dos alunos, com foco nas necessidades do mercado. Criamos oportunidades para eles solucionarem problemas de pesquisa e aprenderem utilizando metodologia científica”, avalia.

Aluno do terceiro semestre da graduação em engenharia mecânica, Gustavo Cardoso é um dos estagiários do Dimp. "O trabalho aqui nos obrigada a pensar em como solucionar os problemas. Usamos nossa base teórica para desenvolver algo novo, e isso é muito gratificante”, diz. "Aprendi muito aqui no estágio, e passei a entender a necessidade de estudar os conteúdos que vemos em sala de aula” completa o estudante do 4º semestre da engenharia, Pedro Melo de Souza.

Pedro e o colega Marcelo Compazzi, aluno do 8º semestre do curso, trabalham no projeto Riceprop, voltado ao desenvolvimento de um propante (material resistente empregado principalmente no processo de extração de petróleo de grandes profundidades) renovável, obtido a partir da cinza proveniente da queima da casca do arroz. O Riceprop conta com a parceria da empresa Marina Tecnologia, que apoia também o Bionam, projeto que se propõe a empregar materiais renováreis, como o amido do milho, na fabricação de produtos como bandejas e filmes plásticos. Além da professora responsável, Carmen Calcagno, participam dos projetos os docentes Ênio Fagundes, Vinícius Martins e Durval De Barba Júnior. 

Ainda dentro da perspectiva de se dar novos destinos ao amido de milho, o Dimp abriu as portas para a doutoranda da UFRGS Jussara Porto, que junto com a estudante de engenharia Clarissa Andrizani, pesquisa a combinação do amido com resíduos de papel - Jussara é servidora da gráfica da UFRGS - no desenvolvimento de produtos como embalagens sustentáveis. 

 A mais recente linha de trabalho desenvolvida no Dimp, ainda em fase inicial, almeja a fabricação de meniscos artificiais para implantes no joelho, tecnologia já utilizada nos Estados Unidos e em países da Europa, mas nunca empregada em cirurgias no Brasil. Esta pesquisa é realizada pelos docentes Enio Fagundes, Durval João de Barba Junior, Cláudia Cesa e pela estudante do 8º semestre de engenharia Raquel Rosa de Souza, em parceria com o médico ortopedista Thiago Bujes.  

 

Ampliação

 O Dimp foi transferido para uma sala mais espaçosa, junto aos laboratórios da engenharia mecânica, em julho de 2017. A mudança permitiu integrar ao espaço computadores, mesa de manuseio, ampliar o número de armários e de equipamentos. O laboratório conta hoje com diferentes tipos de moinhos, duas impressoras 3D, dispositivo de injeção de bancada para polímeros termoplásticos e um conjunto de equipamento que permite transformar misturas de amido em produtos.

 

 A receita para se conquistar esta estrutura é revelada pela professora Carmen: “chegamos aqui buscando recursos em editais internos e externos e firmando parcerias efetivas com o meio produtivo”, conta. O Dimp possui capacidade de ampliar ainda mais o número de projetos em desenvolvimento, e está de portas abertas a todos os servidores da instituição. Para produzir ciência e tecnologia, além de muita dedicação, segundo a professora Carmen, o caminho passa por estas três etapas: “é preciso ter um problema de pesquisa, ter parcerias e buscar fomento”. 

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Assunto(s): laboratório , sapucaia
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